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Foto do escritorEduardo Saigh

Preconceito na Liderança Feminina: Lições e Reflexões para o Mundo Corporativo


mulheres diversas felizes e sorrindo
Mulheres diversas

Na última quinta-feira, 19 de setembro, o mundo dos negócios foi abalado pelas declarações controversas de Thales Gomes, fundador da 99 Táxis e CEO da G4 Educação. Questionado no Instagram sobre a possibilidade de sua esposa ocupar um cargo de CEO, Thales respondeu de maneira polêmica: "Deus me livre de mulheres CEO. Salvo raras abordagens, mulheres em cargas de liderança passam por um processo de masculinização, colocando o lar e a família em planos secundários." Sua fala refletiu o estresse e a pressão enfrentada pelos líderes, mas sugeriu que a liderança feminina seria prejudicial ao ambiente familiar.


A repercussão foi imediata e intensa, com diversas críticas, inclusive questionamentos sobre a postura de Thales e a cultura empresarial da G4 Educação. Em resposta, a empresa se manifestou publicamente, afirmando que as palavras de seu líder não refletem seus valores. Contudo, a dúvida sobre o que essa fala revela persiste, pois a cultura de uma organização geralmente reflete as opiniões de seus fundadores.


Logo após, Thales renunciou à carga, e, curiosamente, uma mulher foi nomeada para a posição de CEO, um movimento estratégico e aparentemente calculado para aplacar a crise. Esse episódio, no entanto, abre espaço para discutirmos um ponto crucial: a resistência velada (e, por vezes, explícita) que muitas mulheres enfrentam ao buscar cargas de liderança.


O preconceito enraizado contra mulheres na liderança

Apesar das mudanças no cenário corporativo, ideias antiquadas sobre o papel da mulher em cargas de liderança ainda estão presentes. Como mencionado no episódio do podcast Empregabilidade Máxima , com, tais ocorrências, embora menos frequentes, são perpetuadas não apenas por homens, mas também por algumas mulheres, como um reflexo de normas sociais historicamente arraigadas. Existe uma percepção equivocada de que o mercado corporativo e as altas cargas de liderança são ambientes “masculinos”, um espaço onde as mulheres não se “encaixariam” devido à exigência e à pressão.

Mas essa ideia vem sendo superada pelas próprias mulheres que assumem essas cargas, mostrando que liderança não tem gênero e que competência não depende de uma conformidade com padrões pré-estabelecidos.


Como mulheres podem identificar empresas que valorizam a diversidade

Para mulheres que almejam cargas de liderança, avaliar a cultura organizacional é fundamental. Alguns sinais que indicam o compromisso de uma empresa com diversidade e inclusão incluem:


  • Liderança mista ou feminina : Empresas que já tiveram ou tiveram mulheres em altas cargas de liderança demonstram uma cultura mais inclusiva.

  • Políticas de diversidade claras : Organizações que promovem a inclusão, além de oferecer oportunidades justas para todos.

  • Exemplos concretos de promoção de mulheres : A presença de mulheres em posições de liderança é um indicativo de que uma empresa pratica ou prega em termos de igualdade.


Infelizmente, a falta de representatividade feminina em posições estratégicas ainda é uma realidade em muitas corporações, e persiste a inclusão para "inglês ver", onde as mulheres estão em cargas simbólicas, sem poder real de decisão.


O papel da mulher em transformar a cultura corporativa

Ao final, a presença feminina em cargas de liderança altera, sim, a dinâmica do mundo corporativo, trazendo perspectivas e habilidades que enriquecem a organização. Como enfatizou no podcast, as transformações efetivadas dentro para fora, e como as mulheres estão moldando o mercado de trabalho para ocupar esses espaços e ao promover mudanças de mentalidade em suas organizações.


Thales Gomes pode ter dado voz a uma visão ultrapassada, mas a realidade do público indica que esses valores são cada vez menos aceitos. As mulheres continuam a avançar e a transformar o ambiente corporativo, tornando-o mais inclusivo e inovador. E, para aqueles que ainda têm dúvidas sobre o próprio potencial, saibam que a liderança é um espaço de todos.


Conclusão: o papel da diversidade e da inclusão no futuro corporativo

Este episódio deve servir de alerta para empresas e líderes sobre a importância de promover uma cultura inclusiva e consciente. Não deixem que comentários retrógrados afetem seus sonhos e ambições. Lembre-se de que vocês já são um exemplo de competência e resiliência, e o futuro corporativo precisa de lideranças diversas.





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